domingo, 21 de novembro de 2010

A constituição do patológico

Psicodiagnóstico
A constituição do patológico.
Um problema é aquilo que uma pessoa vive como uma dificuldade que ele ou ela define como tal para si mesmo ou para outra pessoa. Por isso um problema se relaciona com a forma como uma pessoa se vê a si mesmo ou a outra pessoa e a maneira como ela constrói um domínio social que assim aceita tal maneira de ver.
Para que um problema exista, uma pessoa deve especificá-lo e a outra aceitá-lo. Portanto todo problema implica uma comunicação e toda comunicação leva implícita uma congruência dinâmica entre os interlocutores, os quais coordenam suas condutas através dela.
O texto propõe uma mudança epistemológica no domínio da saúde mental, baseada em uma mudança na compreensão da ontologia do fenômeno do conhecer. Ele propõe abandonar a noção de realidade objetiva e não a utilizar nunca para validar nossas a formações, e em segundo lugar, indicar isto colocando a objetividade entre parênteses.
Quando não se coloca a objetividade entre parênteses, as partes em desacordos necessariamente entram em negação mútua, já que cada uma das partes tem a convicção de que possui a verdade e sabe como são as coisas em realidade, porque ele ou ela possui conhecimento objetivo do assunto em discussão. Com a objetividade sem parentes um das partes tem razão e os demais estão equivocados, errados ou loucos.
Com a objetividade sem parênteses, o critério de resolução de conflitos consiste no predomínio de quem tem acesso à realidade objetiva; e necessariamente implica uma tentativa continua de negação e destruição mutua. Com a objetividade entre parênteses, a necessidade de impor o ponto de vista pessoal sobre o do outro, destruindo-o nesse domínio, desaparece e cada um de nós se torna responsável por suas preferências e desejos, porque eles constituem o fundamento de todas suas elaborações racionais.
1)      Defina objetividade entre parênteses?
2)      O que o texto nos propõe?

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